Dados recentes mostram que os ataques cibernéticos durante o primeiro trimestre de 2023 cresceram em todo o mundo. Os ataques semanais globais atingiram o maior número em dois anos!
Para se ter ideia da dimensão desses ataques, uma a cada 44 empresas ao redor do mundo sofreu pelo menos um ataque de ransomware toda semana. Além do aumento de ataques, percebe-se também novas técnicas de atingir as organizações.
Os ataques passaram a ser mais sofisticados e mais bem direcionados, em especial com o uso de Advanced Persistent Threads (APTs). As APTs se utilizam de técnicas de invasão contínuas e sofisticadas para obter acesso a um alvo e permanecer dentro dele por um período prolongado, potencializando o impacto do ataque.
Métodos de espionagem também foram detectados em dispositivos USB, além de firmwares maliciosos em aparelhos roteadores de internet. Todos esses dados e descobertas mostram como investir em formas de segurança digital se faz cada vez mais pertinente.
Neste conteúdo você encontra mais informações sobre os ciberataques no mundo e no Brasil. Além, claro, de dicas de como se proteger. Então, continue lendo até o final para não perder nenhuma informação!
Ataques cibernéticos no mundo em 2023
Em comparação com o mesmo período de 2022, o segundo trimestre de 2023 apresentou um aumento de 8% em ataques cibernéticos semanais ao redor do mundo, sendo, em média, mais de 1200 ataques por semana.
O setor de educação e pesquisa foi o mais atingido por ataques com cerca de 2.179 ataques semanais. Mesmo sofrendo esse alto número de ataques, o setor apresentou uma queda de 6% em relação ao ano passado.
No entanto, o setor de governo e militar foi o segundo mais atingido. Apresentando em média 1.772 ataques por semana, um aumento de 9% em relação a 2022. O setor que apresentou a maior porcentagem de aumento foi o da saúde, com 1.744 ataques, equivalente a 30% a mais que no ano passado.
Quando o assunto é específico nos ataques de ransomware, o setor de governo e militar é quem comanda o topo do ranking de quem sofreu mais ataques. Com uma em cada 25 organizações sofrendo ataques.
Em seguida, temos o setor de saúde, com uma a cada 27 organizações sendo atingidas semanalmente. E, em terceiro lugar está o setor de educação e pesquisa, com uma a cada 31 organizações sendo atacadas.
Ataques cibernéticos no Brasil
Quando o foco é na América Latina, o Brasil se destaca como o país que mais recebeu ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2023. De janeiro a junho deste ano, cerca de 23 bilhões de ciberataques foram registrados no país.
Esse número é quase o dobro de quantidades que ataques sofridos pelo segundo país da lista, o México, com 14 bilhões. O terceiro país da américa latina a ter sido mais afetado é a Venezuela com 10 bilhões de ataques.
Em todo o território latinoamericano, foram somados cerca de 63 bilhões de ataques, sendo 36% direcionados para o Brasil.
Os ataques mostram que o cibercriminosos estão sendo cada vez mais sofisticados, usando ferramentas de exploração, malwares e ataques de ransomware específicos para cada território a ser atingido.
Os cibercriminosos estão cada vez mais seletivos quanto aos seus alvos. Dessa maneira, conseguem planejar melhor seus ataques, de forma que eles sejam mais assertivos e difíceis de serem detectados e parados.
Como se proteger dos ataques cibernéticos
Como ficou claro neste conteúdo, os ataques cibernéticos estão crescendo cada vez mais e se tornando cada vez mais sofisticados, complexos e com maior precisão para atingir o alvo. Por isso, é de extrema importância saber se proteger.
Existem algumas ações básicas que devem ser tomadas por todas as empresas a fim de manter a segurança de seus dados. Como por exemplo, manter a higiene da cibersegurança.
Para isso, promova revisões e auditorias periodicamente para garantir que tudo esteja funcionando da forma como deveria. Realizar testes de penetração (Pentest) também é uma ótima maneira para saber como está a saúde da segurança da empresa.
Faça sempre o backup de todos os dados importantes da empresa. Eduque todos os colaboradores para que eles tenham consciência de como os ataques acontecem para que possam se prevenir.