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EDR, XDR e MDR – qual escolher?

  • Setrix Segurança em Tecnologia da Informação
  • 13 de out.
  • 3 min de leitura

Nos últimos anos, as siglas da cibersegurança se multiplicaram. EDR, XDR, MDR… muitas empresas se veem diante desses termos sem clareza sobre o que significam ou qual solução faz sentido para o seu cenário. Essa confusão é compreensível: todas estão relacionadas à detecção e resposta a ameaças, mas o escopo, a forma de entrega e o esforço operacional são bem diferentes.

 

Antes de decidir, é importante entender o que cada sigla representa, os prós e contras de cada abordagem e quais combinações se adaptam melhor a empresas de portes e maturidades distintas.

 

O que é EDR?

 

O Endpoint Detection and Response (EDR) é a evolução do antivírus tradicional. Ele funciona como um agente instalado em cada endpoint (notebooks, desktops, servidores) que monitora atividades em tempo real, gera alertas sobre comportamentos suspeitos e permite executar ações de contenção, como isolar uma máquina infectada.

 

Com o EDR, a equipe de TI ganha visibilidade granular do que acontece no endpoint e pode realizar investigações e caçadas a ameaças (threat hunting). É a base moderna de proteção, mas exige que a empresa tenha um time interno capaz de analisar alertas, priorizar riscos e reagir rapidamente.

 

O que é XDR?

 

O Extended Detection and Response (XDR) amplia a proposta do EDR. Em vez de olhar apenas para o endpoint, o XDR correlaciona e unifica sinais de múltiplas fontes: endpoints, e-mail, rede, identidade e ambientes de nuvem.

 

Essa integração resolve um problema comum: os silos de informação. Em vez de a equipe olhar várias consoles desconectadas, o XDR centraliza e aplica automação e inteligência artificial para dar contexto, acelerar investigações e reduzir o tempo de detecção e resposta.

 

Na prática, o XDR faz sentido para empresas com múltiplas ferramentas já implantadas e que buscam ganhar eficiência e contexto sem multiplicar a complexidade.

 

O que é MDR?

 

O Managed Detection and Response (MDR) não é apenas tecnologia: é serviço. Nesse modelo, uma equipe externa especializada assume o monitoramento 24x7, realiza caçadas proativas e responde a incidentes no lugar da empresa, geralmente usando ferramentas próprias de EDR ou XDR, ou aproveitando as do cliente.

 

O MDR é particularmente útil para empresas médias com TI enxuta, que não têm SOC (Security Operations Center) interno ou não conseguem manter especialistas em tempo integral. Ele garante que os alertas não fiquem esquecidos na tela e que incidentes recebam resposta em minutos, não dias.

 

Qual escolher? Cenários práticos

 

Empresa em transição do antivírus legado: o EDR é o primeiro passo natural. Se não houver equipe para operar, considere MDR para não transformar a ferramenta em “gerador de alertas ignorados”.

 

Empresa média, 200–1000 colaboradores, TI enxuta: MDR sobre EDR é a escolha mais prática, ganha-se monitoramento 24×7 sem precisar montar SOC.

 

Empresas com múltiplas ferramentas e equipe ativa: XDR ajuda a unificar sinais dispersos e reduzir silos, podendo ser combinado com MDR co-gerenciado para cobrir horários críticos.

 

Ambientes regulados ou de alta criticidade: a combinação XDR + MDR garante contexto ampliado, monitoramento contínuo e capacidade de resposta rápida.

 

Armadilhas a evitar

 

Confiar só na ferramenta: EDR ou XDR sem processo de triagem gera ruído. Sem gente dedicada, os alertas se acumulam.

 

Decidir apenas por marketing: nem todo “XDR” é igual. Compare fornecedores usando resultados independentes, como o MITRE ATT&CK Evaluations.

 

Ignorar exercícios de resposta: tecnologia sem teste de prontidão (tabletop, simulações, pentest) cria falsa sensação de segurança.

 

EDR, XDR e MDR não são siglas concorrentes, mas camadas complementares de uma estratégiade detecção e resposta. O ponto de partida é sempre o EDR. A partir daí, a empresa deve avaliar se precisa ampliar o contexto (XDR), contar com operação terceirizada (MDR) ou combinar ambos para atingir a maturidade necessária.

 

Na Setrix, ajudamos empresas a tomar essa decisão com base em cenário real, maturidade e orçamento, evitando tanto a armadilha do “alerta sem dono” quanto a escolha de soluções desconectadas.

 

Fontes

 

Tenable — Endpoint Detection and Response (EDR). Guia conceitual sobre EDR e suas capacidades.

 

Microsoft Security — Extended Detection and Response (XDR). Definição e benefícios da abordagem XDR.

 

ISACA — Managed Detection and Response (MDR). Conceito e papel do MDR em operações de segurança.

 

CISA — Lessons Learned from Cyber Incidents. Reforço sobre a importância de revisar alertas e exercitar resposta.

 

NCSC/UK — Threat Hunting Guide. Valor do EDR e hunting ativo em endpoints.

 

MITRE ATT&CK Evaluations. Avaliação independente de fornecedores de EDR e XDR frente a técnicas reais de ataque.

 
 
 

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